Quais as Melhores Madeiras para Móveis?

Quais as Melhores Madeiras para Móveis?

Trabalhar com madeira maciça pode ser um desafio, principalmente para um profisisonal que ainda não conheça os tipos de madeira disponíveis no mercado. É preciso compreender que cada material tem suas características próprias, por exemplo. Além disso, as aplicações podem variar de acordo com essas características. Ou seja: esse é um conhecimento indispensável para marceneiros e fábricas de móveis. É fundamental que marceneiros, arquitetos e designers conheçam os tipos de madeira para móveis, especificando corretamente seus projetos.

A parceria com bons fornecedores vai além da análise de custo-benefício, e deve garantir a certificação ambiental dos produtos, a qualidade das placas recebidas e os cuidados exigidos para armazenamento e manutenção.



Há diversos tipos de madeiras nobres que são comercializadas para diferentes finalidades. Esse material é usado de acordo com os estilos de decoração. A variedade é tão grande que, muitas vezes, fica até difícil escolher.

A questão é que há espécies apropriadas para serem aplicadas em estruturas na construção civil e há outras usadas na parte decorativa e funcional de um ambiente. Por isso, o material pode ser visto em portas, janelas, forros, painéis, móveis, assoalhos, venezianas e até em objetos de decoração.

As madeiras nobres têm características específicas que as tornam mais resistentes. Para entender sobre o assunto e ver os tipos disponíveis e sua aplicação, continue a leitura do artigo da Toth.


Características das madeiras nobres

Ficaram conhecidas como madeira de lei, por causa do período de colonização, quando só podiam ser extraídas com autorização da Coroa Portuguesa. São materiais com maior valor comercial, pois vêm de árvores nativas e com crescimento lento.

Essas madeiras são mais rígidas, pesadas e apresentam alta resistência e durabilidade. A produção comercial é organizada dentro da legislação vigente.

As madeiras nobres têm cores marcantes, que podem ser bege, amarelo, vermelho e marrom. Têm superfície lisa e lustrosa e, por isso, garantem um acabamento refinado. Podem ser encontradas em tamanhos diferentes e cada espécie é adequada a um tipo de aplicação.

Já a madeira comum é mais mole e menos resistente. Por isso, exige que receba um tratamento para evitar ataques de fungos e insetos. Ela tem o valor comercial mais baixo, mas também pode ser usada para diversos fins.

 


Principais madeiras para móveis

Mogno

O mogno é um tipo de madeira nobre e sofisticada. Sua cor varia do castanho avermelhado vibrante ao rosado. Trata-se de um material de alta durabilidade e fácil de ser trabalhado. Além disso, é resistente à ação de fungos e cupins. O mogno, muito presente no sul do Pará, é bastante demandado pelo mercado.

Porém, por se tratar de uma das espécies atualmente ameaçadas de extinção, a sua extração é cercada de regras rígidas. Essas restrições fizeram com que boa parte dos materiais comercializados sob a marca “padrão mogno” fossem compostas por madeiras de outros tipos revestidas, ao fim, por uma generosa camada da espécie nobre.

Itaúba

Muito presente nos trópicos, sobretudo no norte do Brasil, a itaúba é altamente resistente ao ataque de microrganismos. Um ponto importante diz respeito à secagem dessa madeira, que deve ser natural. Isso porque uma secagem artificial pode representar um risco, já que ocasiona rachaduras ao longo do uso.

Cumaru

A madeira cumaru é encontrada no norte do país e é um tipo bastante recomendado para compor móveis, sobretudo em termos de resistência. No entanto, ela pode ser difícil de ser trabalhada, devido a sua rigidez. Talvez por isso, seu uso costuma ser restrito à fabricação de pisos.

Carvalho americano

Madeira dura e de moderada durabilidade. Apesar da sua rigidez, é considerada fácil de ser trabalhada, mas de difícil secagem. O carvalho americano não possui grande resistência a insetos e, se não houver um cuidado especial, a madeira pode apresentar, no médio prazo, fendas e deformações.

Para ampliar a durabilidade dos móveis produzidos com esse material, é preciso ter atenção ao movimentá-los. Também deve ser reservado do calor, mantido distante de fontes como panelas quentes.

Cedro

Essa madeira apresenta tonalidade marrom avermelhada e mostra-se bastante versátil. O cedro é fácil de serrar, lixar e parafusar, o que torna mais prático o processo de montagem do móvel a que se destina. Comum na América do Sul, é marcada por pouca permeabilidade e por apresentar secagem rápida. Sua resistência ao ataque de insetos e microrganismos é considerada média.

Com relação aos cuidados com o material, a aplicação de vernizes ou selantes transparentes é uma ótima estratégia para proteger o cedro da umidade e aumentar sua vida útil. Pode-se também fazer um tratamento na peça com óleo de cedro, no intuito de ressaltar sua luminosidade.

Pinus

A madeira de pinus faz parte do grupo de insumos de reflorestamento. Ela tem como característica marcante ser macia e de textura fina. Além disos, é resistente, durável e de alta qualidade.

Pinho

O pinho é um material resistente, mas não está livre de sofrer arranhões. Trata-se de uma madeira com um custo mais alto quando comparada com outras opções no mercado.

Madeira Processada ou Reconstituída

Madeira para móveis obtida da fabricação industrial de placas maciças de madeira, a partir da madeira em lâminas (compensado), partículas (Aglomerado, MDP e OSB) ou fibras (MDF, HDF e Chapa Dura), sendo aglutinadas por meio de pressão, temperatura e/ou resinas.

Principais tipos de madeira processada para móveis


Compensado

Variedade de tamanho, espessura, densidade e processos de fabricação, podendo ser sarrafeado (utilizado em tapumes e portas), laminado (áreas internas), naval (alta resistência mecânica, à água, às chamas, sendo ideal para áreas externas). É utilizado para produzir móveis das mais variadas formas.

Aglomerado

Geralmente, é utilizado na parte de trás dos móveis. Pouco maleável, baixa densidade, baixa resistência à umidade, sendo mais barato que as demais placas. “As partículas do aglomerado apresentam tamanhos uniformes, distribuídas por todo o painel. As mesmas partículas que estão no miolo do painel também são encontradas na superfície, tonando esta irregular e dificultando acabamentos com pintura, laminação”, completa Ramos.

MDF (Medium Density Fiber Board)

Apresenta aspecto homogêneo, cores diversificadas e o acabamento pode ser fosco, brilhante ou amadeirado. Muito utilizado em processos de usinagem, por ser maleável, indicado para produção de peças arredondadas e efeitos de baixo-relevo. Pode ser utilizado em todo tipo de móvel.

HDF (High Density Fiber Board)

Painel de alta densidade, estabilidade dimensional, com superfície lisa e uniforme. Apresenta boa capacidade de corte e usinagem, sendo utilizado no fundo de móveis; fundo e lateral de gavetas; nichos e painéis tipo colmeia.

MDP (Medium Density Particleboard)

Semelhante à madeira maciça, é utilizado para produção de móveis em linhas retas e superfícies planas, que serão pintados ou revestidos. Indicado para produção de painéis decorativos, prateleiras, mesas, cadeiras, armários.

Chapa Dura

Alta resistência física e química, alta densidade, proporcionando bons acabamentos. Pode ser estampada, usinada, moldada, curvada, pintada e cisalhada. Utilizada para produção do fundo de armários e gavetas, móveis residenciais, de escritório e para a produção de paletes.

OSB (Oriented Strand Board)

Alta resistência mecânica, sendo largamente utilizado pela construção civil. Pode ser aplicado em luminárias, mesas, cadeiras, paletes, bancadas, sofás. Apresenta estética diferenciada, resistência à umidade e preço acessível. É uma excelente opção para quem deseja móveis planejados com baixo custo!

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